Apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por obstruções totais ou parciais das vias aéreas levando a uma parada ou diminuição da respiração durante o sono. Isso acontecendo repetidas vezes durante o sono resulta em despertares noturnos frequentes, dessaturação da oxihemoglobina, fragmentação do sono e consequente sonolência excessiva diurna.
Os principais sintomas relatados pelos pacientes com apneia são o ronco noturno, parada respiratória relatada pelo companheiro (apneia), sufocamento noturno (engasgos), sono agitado, sonolência excessiva diurna, fadiga, cefaleia matinal, sono não reparador, alterações cognitivas (memória, atenção e concentração) e redução da qualidade de vida. A apneia pode estar associada a doenças como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus e dislipidemias, entre outras.
Os principais fatores de risco são o sexo masculino, a idade (meia idade), obesidade, alterações craniofaciais (retrognatia, por exemplo), menopausa, uso de medicamentos relaxantes, álcool, hipertrofia das tonsilas palatinas (aumento das amígdalas).
O diagnóstico é realizado pela história clínica, exame físico e polissonografia de noite inteira. Esse exame não é invasivo e atualmente pode ser realizado domiciliar, ou seja, em casa, com indicação médica.
O tratamento de escolha da apneia obstrutiva do sono é o CPAP (pressão positiva contínua). O CPAP previne o fechamento e estreitamento das vias aéreas durante o sono. Dependendo do grau da apneia pode-se indicar também os aparelhos intraorais e associar cirurgias como tonsilectomia palatina (cirurgia das amígdalas) e septoplastia. Higiene do sono e medidas comportamentais como controle do peso, horário regular de dormir, evitar uso de álcool e medicamentos relaxantes também fazem parte do tratamento da apneia.
Profa. Dra. Sandra Fumi Hamasaki Uema
Médica formada FAMEMA
Título de Especialista Otorrinolaringologia- ABORL-CCP
Mestrado- UNIFESP
Doutorado- UNIFESP
Médica do Sono- Título de Especialista Medicina do Sono- AMB
Referências: